domingo, 10 de junho de 2012

O leite gordo e o leite magro

por Ana Emília Cardoso

Já que o papo é sobre leite e derivados, vou aproveitar para compartilhar minha mais recente teoria ~ crianças que choram demais é porque a mãe troca o bebê de peito muito rápido ~ . Explico-a, segundo estudos recentes, os que defendem a livre demanda, da qual sou adepta agora, o seio funciona assim: no começo sai um leitinho mais aguado, mais rico em anticorpos, água e vitaminas, no final da mamada é que está o leite gordo, repleto em calorias que satisfazem o bebê.

Logo, se a gente dá um peito e muda pro outro antes do bebê mamar até o leite gordo, a criança mama, mama, mama e nunca se sente alimentada. E nesse meio tempo, os mamilos já estão em frangalhos. Quem me deu esta dica foi meu marido que pesquisou bastante sobre o assunto na internet. COMIGO funcionou e muito. O mais legal dessa técnica é que a criança, na maioria das vezes, se satisfaz com apenas um seio, o que poupa o outro e lhe dá tempo de ficar bem cheinho.

Conversei com algumas amigas que tiveram bebês que ~só mamavam o tempo todo~ ou seguiam chorando depois de mamar, e o diagnóstico de troca precoce de seio se aplica a todas. Na semana passada fiquei uma tarde com uma vizinha que tem um bebê desses, que mama mil vezes e segue chorando. A mãe tem leite que chega a vazar, mas está tendo que complementar porque nada parece satisfazer o bebê. Chega a dar quatro mamadeiras de NAN à noite, além das mil vezes do peito. Durante nossa tarde, seu filho mamou 8 vezes e observei que mamava bem rápido de cada lado e chorava ou resmungava o tempo todo.

Por isso, se você está passando por essa situação, não custa tentar esgotar melhor cada lado antes de se desesperar. Olha de onde eu tirei essas informações.

2 comentários:

  1. A minha filha era assim no começo, não parava de mamar e de chorar. Antes eu achava que não tinha leite, mas hoje acho que ela não sabia mamar direito, sabe? Eu deixava até uma hora e meia em um só seio antes de trocar (era um processo bem exaustivo!), e ela continuava chorando. Vejo que a forma de ela mamar agora é bem diferente. Por um tempo me arrependi de não ter procurado uma consultora de lactância materna ou algo do tipo, mas hoje em dia ela mama em 20 minutos, meia hora no máximo e fica bem satisfeita. O começo foi duro, mas valeu a pena.

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  2. A orientação dada em alguns hospitais é incrível. Quando tive a Anita, em Curitiba, errei muito por não ter tido aquele acompanhamento humano pró-lactação desde o hospital.

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