sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bicos e mamadeiras no lixo!

Já faz alguns dias que a Duda vem dizendo que a prof. Naty disse que eles têm que colocar seus bicos e mamadeiras fora, porque eles já estão grandinhos. Eu estava tentando contornar a situação dizendo que para dormir ela podia tomar mamadeira e chupar bico, afinal ninguém estaria vendo. Mas ela seguiu firme dizendo que a prof. Naty não quer!
Tá bom, já que a prof. Naty não quer, vamos ver se tiramos proveito dessa situação e a Duda larga de vez seus utensílios que a acompanham desde a sua época de bebê. Por mim, ela poderia continuar com a mamadeira e o bico para dormir, mas hoje ela acordou decidida: BICOS E MAMADEIRAS NO LIXO!, foi o que ela fez, eu estava no computador e a Dona Maria, nossa funcionária, veio até mim e disse ´´Cris, a Duda tá jogando todas as mamadeiras no lixo``, fui correndo ver e conversar com ela pra ver se ela tinha certeza do que estava fazendo, lembrei-a de que à noite não teria seu leite na mamadeira. ´´Vai tomar o leite no copo?`` Ela respondeu que sim.
Só me resta apoiar e torcer para que ela realmente consiga.
A foto mostra as mamadeiras no lixo do seu quarto, que é limpinho, nunca tem nada dentro. Não sei porque ela resolveu colocar nesse lixo, será que é um indício de que ela pretende voltar atrás na sua decisão? Não sei, mas é estranho, ela nunca coloca nada no lixo do quarto dela, sempre coloca no lixo da cozinha, do escritório ou do banheiro, esses sim, se as mamadeiras fossem jogadas dentro deles, não teriam mais volta. Sinto cheiro de arrependimento no ar.

Amizade de Infância

Formamos um grupo de pais muito legal na escolinha da Betina. Ao todos são vinte crianças na turminha dela e dezenove mamães. Dessas, quinze formam esse maravilhoso grupo. Uma delas a menina até já saiu da escola, mas ela segue conosco nas jantas, nos encontros mensais.....aos finais de semana nos comunicamos por SMS e na medida do possível nos encontramos em pracinhas ou parques.
Não preciso nem dizer que a criançada ama.
Nem sempre as crianças participam dos encontros, claro. Temos nosass jantinhas particulares, só as mamães que chamamos de Confraria Lulus com Mel e ás vezes marcamos churrascos e encontros que os papais e os filhos estão "liberados" para participar hahahaha
E mesmo quando as crianças não participam, elas adoram saber que "as mães" estão juntas. Quando toca meu celular Betina já pergunta: "era a mãe de qual amigo?"

Como é bom termos nos encontrado, acho importante eles terem esse vínculo com os amigos fora da escola, é assim que começam sólidas amizades. Coisa boa é ter um amigo de infância.
Aquele amigo para recordar, dar risadas, contar segredos e que reconhecemos como um irmão porque ele conhece a nossa casa, nossa família. Aquele tipo de amigo que não precisa nem falar, ele sabe o que estamos sentindo, nos entende sem julgar e transforma o silêncio no diálogo mais sincero do mundo.
Eu sou filha única e tudo se encaminha para que a Betina seja também, então é isso que quero passar pra ela, que a amigos são irmãos que escolhemos.

Bom, estamos fazendo nossa parte nesse sentido, nos aproximamos, mantemos contato, foi surgindo uma amizade pouco a pouco e hoje somos grandes amigas. Nosso contato é diário, nem que seja um oizinho por mail. Espero que os pequenos sigam nossos passos e se tornem amigos da vida, pra toda vida.

Meu leite é orgânico


Aqui em casa é assim.

A Anita é uma figura, desde bebê comia brócolis. Adorava, chegava a morder as embalagens plásticas com o vegetal cru no supermercado.

Durante um tempo, ficou chatinha, com paladar bem restrito ao prato kids - arroz, feijão e bife. Agora, do nada, deu pra me pedir hambúrguer, nuggets e sanduíches com alface.

Eu atendo, é claro. Fazer hambúrguer em casa, com carne, mil temperinhos e um pouco de aveia é uma barbada. E o meu, modéstia às favas, é uma delícia.

Não vejo a hora de espremer uns murgotes orgânicos e ensinar a Aurorinha a comer as frutas. A pediatra já me adiantou que vai liberar comida antes dos seis meses. Disse que introduzir alimentos enquanto as crianças estão mamando no peito reduz drasticamente a chance de surgirem alergias à comida. Aguardo este dia ansiosamente.

Enquanto isso, ela segue tomando meu leite orgânico, produzido à base de suco de bergamota e caldo de cana da feirinha.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Xixi na cama

Já faz algum tempo que a Maria não usa mais fraldas para dormir, com isso, alguns episódios como xixi na cama fazem parte da rotina da nossa casa. Não posso reclamar dela, dá para contar nos dedos da mão quantas vezes ela não conseguiu segurar o xixi, causando acidente de alagamento de colchão.
Mesmo ela tendo feito poucas vezes xixi na cama dela, não é fácil tirar aquele cheiro de mijo da cama.  Essa noite nossa cama foi agraciada com sua urina que, diga-se de passagem, é uma poça d´água. Xixi de bebê não é capaz de fazer o estrago que um xixi de uma criança com 4 anos é capaz de fazer. Minha cama ficou inundada.
Tem noites que a Duda acorda e vai dormir na nossa cama, foi o que aconteceu, lá pelas 4hs da manhã a Duda apareceu no nosso meio. Para ficar mais confortável para dormir, o Alexandre foi pra cama dela e eu fiquei com ela na minha. Lá pelas 6h30min da manhã eu sinto um molhado nas minhas costas, passei a mão, estava molhado, na hora pensei  ´´será que fiz xixi na cama?`` Mas, com exceção das minhas costas, eu estava seca. Olhei para o lado e vi a Duda bem tranquila dormindo. Caiu a ficha.
Numa tentativa desesperada em voltar a dormir, peguei o secador de cabelos, liguei na potência máxima e grudei no colchão para secar bem e, vejam na foto abaixo que beleza de estrago que eu fiz, abri um buraco no tecido que derreteu com a caloria do secador. Que ótimo! nossa cama box não tem nem um ano de uso.
Agora eu descobri porque nas camas box o colchão é separado da base. É para o caso de apodrecimento do colchão, a pessoa possa adquirir um novo, sem gastar com a base. Para evitar que eu tenha que adquirir um colchão novo, vou tentar descobrir se existe algum tipo de protetor de colchão que eu possa tirar para lavar em caso de acidente. Se alguém tiver alguma dica nesse sentido eu agradeço.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É de menino ou de menina??

Incrível observar a evolução dos filhos nos pequenos detalhes do dia a dia.
Aqui em casa as coisas, os assuntos, os filmes, os brinquedos, as roupas, tudo a Betina quer saber se é de menino ou de menina. E claro, esperta como ela só, os brinquedos de menina ela diz que é só de menina, mas os de menino ela diz que é "di minina e di minino".
Mas o assunto que ela mais tem insistido é no pinto. Ela toda hora pede pra "comprar" um pinto no shopping.....que ela quer um pinto amarelo ou roxo. Que maravilha hein mamis, pintos coloridos e a venda no shopping! Ai, como é linda a ingenuidade infantil.....mas como é complicado contornar as vezes. E quando ela inventa de fazer xixi no banho? fica segurando a "peca", querendo fazer igual a menino.....no banho tem pedido para o pai tirar a cueca. Essa é mais uma dúvida que eu tenho, será que não teria sido melhor ele ter dado banho nela sempre sem cueca, daí não despertaria tanta curiosidade....mas agora acho melhor ficar com, pois a novidade pode deixar ela muito agitada.

Eu acho que mãe de menina começa mais cedo a pensar no que responder e como falar sobre esses assuntos. Penso que as meninas são mais antenadas, mais curiosas e mais ligadas nessas questões. E fora que tem muitas coisas para elas descobrirem, o mundo feminino é muito amplo e rico em detalhes. É sutiã, meia-calça, maquiagem, pulseiras, bolsas, idas ao salão, trocas de brinco, salto alto.......tudo colorido, tigrado, com orelhinhas, brilhos mil......e isso tudo revela as diferenças entre um sexo e o outro, despertando uma curiosidade precoce e acelerada.

Por enquanto tenho saído pela tangente, disfarçado daqui e dali, troco de assunto....tem funcionado bem, espere que funcione por muito mais tempo!

Ciúmes oculto

Eu que sempre pensei que a Maria não tivesse ciúmes algum do irmão, estou começando a mudar de opinião. É que ciúmes declarado mesmo foram apenas três dias, quando ela fazia caras de coitadinha, tristeza, choro, etc. Depois disso o ciúmes permaneceu mas de forma oculta, só pude perceber isso depois de analisar alguns gestos e atitudes que ela vem tendo.
A Maria anda rebelde pra mais de metro, e quem vem sofrendo mais com sua rebeldia é justamente o pai. Tem horas que me dá até pena dele, chega cansado do trabalho e pede um abraço e um beijo e ela se manda correndo, diz que não vai dar. E para piorar, além de não dar um abraço no pai, algumas vezes ainda vem com tapas.
Outro dia, ela estava ´´brincando`` de dar tapas em mim e no Alexandre, e mesmo  a gente vendo que ela estava fazendo para chamar atenção, que era apenas uma brincadeira, pedimos pra ela parar; e ela não obedecia. Mandamos ela ir para o quarto de castigo. Só que ela não foi para o quarto dela, mas sim para o quarto do João e se jogou dentro do berço dele.
Nesse mesmo dia, mais tarde, fui colocar o João para dormir e, cadê as cobertas dele? A Duda levou para sua cama e disse que as cobertas do João eram mais quentinhas. Mentira, obvio! as dela são tão quentes e macias quanto as dele.
Foi observando essas e outras tantas atitudes dela que cheguei à conclusão que ela tem sim, ciúmes do irmão, e como seu irmão é um menino, ela desconta no pai que representa o mesmo sexo do mano.
Se por acaso, eu estiver errada, e essa rebeldia dela não seja ciúmes, pode ser coisa da idade mesmo, ela que irá completar quatro anos daqui há pouco mais de um mês, se acha a ´´sabe-tudo``, agora então que aprendeu a fechar o botão de suas bermudas jeans sozinha, tem certeza que já é grande o suficiente pra tudo. Inclusive, nos noticiou, também nessa semana, que seu coleguinha Tomás a beijou na boca. Eu e o Alexandre ficamos pasmos. ´´Como assim, filha?``, ´´mostra como foi esse beijo?``  ela veio até mim e me deu um selinho- um pouquinho demorado, mas um selinho. Eu e o Alexandre nos olhamos aliviados, rimos de cantinho...´´é que a gente quer namorar, mãe!``
Dorme com um barulho desses!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A nova mãe

por Ana Emília Cardoso

Não basta parir. Ser mãe de verdade é cuidar do seu bebê, dar carinho e segurança e ficar grudadinha no filhote, pelo menos nos primeiros meses. Se é pra delegar tudo, então pra que ter um filho?

À exemplo de celebridades como a atriz Danielle Suzuki, muitas amigas minhas (e eu inclusive) estão se permitindo viver a maternidade com intensidade. O mundo está mudando, acredite, e levar um bebê para uma reunião pode até te ajudar na hora de fechar um negócio.

Uma de minhas parceiras de puerpério, por exemplo, é empresária do marido. Não parou um dia de trabalhar, mas engana-se quem acha que ela deixa o bebê por aí, com babás e avós. Ela carrega sua bolinha fofa, que mama a cada uma hora e meia cravada, pra cima e pra baixo. Olha, se a reunião fosse com a presidenta do país, ainda assim, acho que a Milena levaria o lindo Kazuki junto.

Eu tenho trabalhado bem pouco, e -además- trabalho em casa, e vejo a mulherada se organizando para cuidar de seus negócios a pleno vapor, com os filhotes junto, mamando no peito, bem felizes. A Michelle, de Curitiba, com sua rede de lojas Ousadia, já se muniu de sling e canguru para inteirar a Monique sobre a firma desde pequena.

Outra grávida que vai ter uma parceirinha nos negócios é a Caro Galvão, da Estilo Exclusivo. Imagina só o que não vão ser estas bebês. Como pesquiso comportamento e movimentos na sociedade, a Anita segue e dita tendências por aí. Essa turminha de babies da geração da Aurora então, que já trabalham com as mães desde a primeira semana, vão dominar o mundo.

É difícil carregar os babies? Até é. Mas, não ter a culpa de não estar dando atenção a eles quando mais precisam e estar sempre afofando nossos amuletos com certeza é uma escolha maravilhosa. E se o cliente não gostar? DUVIDO. Ninguém resiste a essas gostosuras ambulantes.

-Bah, Kazuki, hoje fui num campo com a minha mãe observar cabelos.
-E eu fechei um show pro meu pai no Sesc. É, Aurora, ninguém resiste aos meus olhos azuis ;)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A fonte está secando

João está prestes a completar 6 meses e o meu leite parece estar chegando ao fim. Até os 4 meses, amamentei exclusivamente no peito, mas como o João teve uma bronquiolite aos 3 meses, ele perdeu peso, ou melhor, não adquiriu quase nada de um mês para o outro, por isso fui orientada a dar complemento pra ele. Até duas semanas atrás, o João tomava uma, ou no máximo duas mamadeiras por dia, dependendo do que eu produzia ou deixava de produzir de leite.
A Maria mamou até 1 ano, não aceitava leite nenhum, por isso nunca soube o que era dar leite industrializado, tampouco sabia da constipação que eles causam nos bebês. A sorte do João foi que ele não precisou tomar só leite de lata, pelo menos até agora, caso contrário, ele estaria literalmente entupido. O leite do peito tem ajudado a soltar mais o intestino dele.
Mas como a fonte de leite da mamãe está secando, estou aflita em ter que dar só mamadeira pra ele. Dá uma pontinha de culpa, apesar de ver que ele adora seu leitão, porque o meu leite eu chamo de leitinho, já o leite de lata é um verdadeiro leitão mesmo, quando o João toma eu vejo que ele fica estufado, como se estivesse ido a uma churrascaria e comido muito.
Voltando a constipação, mesmo eu revezando leite do peito com as mamadeiras, ele chegava a ficar três dias sem fazer cocô, nos últimos dias seu cocô já estava ficando duro. Esse foi um dos motivos para eu introduzir a papinha de frutas aos cinco meses, sabia que as fibras das frutas iriam ajudar muito. Realmente resolveu o problema de intestino preso do João, ele voltou a fazer seu cocozinho diário. Pobres dos bebês que não tem outra alternativa senão tomar leite industrializado desde o nascimento, mais pena ainda eu tenho das mães que não conseguem amamentar e ainda tem que ver seus filhos trancados, 2, 3 até 5 dias sem fazer cocô. Mãe feliz é mãe que troca fralda suja, bem recheada, todo dia.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Andador: uso ou não uso?

por Cristiane Gomes da Luz

Meu gurizinho está com 5 meses e meio e está voando alto em seu andador. Já sei que vou ouvir muitas críticas, a maioria pelas costas, claro! Só estou aceitando críticas da nossa pediatra, o resto entra por um ouvido e sai pelo outro. Mesmo assim, não vou abrir mão de dar alguns minutos de felicidade e liberdade para o João com teorias e achismos alheios. A Maria usou o andador por 1 ou 2 meses somente, só comprei quando ela tinha 11 meses e ela amava.
Mesmo convencida em deixar o João usar o andador resolvi dar uma pesquisada no google sobre o assunto. Encontrei vários artigos contra e alguns a favor. Mas, o que mais me chamou atenção foi que encontrei várias pesquisas sobre de estudantes da área da fisioterapia que mostraram que não existe diferença na idade de caminhar, nem má formações como perna cambota, etc, entre crianças que usaram e as que não usaram.  
Uma coisa é unânime, no andador a criança alcança lugares que ela não alcançaria sentada num carrinho ou num bebê conforto ou até no colo da mãe, por isso temos que ter cuidado ao deixar a criança se aventurar, pois ela pode puxar uma toalha e cair algo por cima, por exemplo.
Vi ainda alguns relatos de mães que não usaram o andador porque ouviram que eles podem cair ou virar com o mesmo. Acho isso um pouco improvável, mas como já vi alguns andadores bem simples, leve demais, pequeno demais, acho até que poderia acontecer. Mas não é o caso do andador do João, que é praticamente uma Ferrari, é bem grande e tem um ótimo apoio para as costas e cabeça. Além do que é o único lugar que a Maria Eduarda não consegue tirar o João de dentro, ela não tem força pra isso. Já na cadeirinha e no carrinho não posso tirar os olhos dos dois juntos porq ela pode querer pegar ele no colo.
Bom senso é a palavra certa. Deixo o João não mais do que 15 minutos no andador por turno, ou seja, 15 minutos de manhã, 15 à tarde e, se ele quer dar bailinho à noite, ganha mais 15 minutinhos, sempre sob minha supervisão e olhar constante. Ainda, como moramos em uma cobertura, o andador só é permitido no andar de baixo, mesmo com grade de proteção na escada, isso porque eu não confio muito naquelas grades, pois a Duda já forçou uma vez e a grade se deslocou.
Fica a pergunta ´´seria o andador infantil o causador de acidentes ou a negligência dos pais na falta de supervisionamento quando colocam seus filhos nesse equipamento?``
Abaixo um estudo feito pela UFMG sobre o uso do andador.
Estudo avalia impacto do uso do andador no desenvolvimento da criança
segunda-feira, 21 de junho de 2010, às 7h19
Usar ou não o andador? Essa é uma das dúvidas que afligem os pais no momento em que os filhos se preparam para dar os primeiros passos. Muitos recorrem ao equipamento por acreditarem que ele estimula o desenvolvimento da criança, além de ser uma espécie de “brinquedo” com o qual o bebê pode se divertir. Por outro lado, boa parte dos médicos é contra o andador (também conhecido como voador em algumas regiões), pois avaliam que pode provocar uma dissociação entre o equilíbrio e a marcha, o que retardaria o desenvolvimento de coordenação motora das pernas da criança.
Contradizendo pediatras e pais, estudo do programa de pós-graduação em Ciências da Reabilitação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG mostra que o andador não traz benefícios nem prejuízos para o bebê. “Sempre achei que o uso do andador era negativo para a criança, mas, quando fui procurar evidências, nada encontrei”, conta a fisioterapeuta Paula Silva de Carvalho Chagas, professora da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A pesquisadora decidiu, então, testar esse pressuposto clínico, comparando o processo de aquisição da marcha entre bebês de oito a nove meses que usavam e que não usavam o andador. O resultado desse trabalho está contido na tese Efeitos do uso do andador infantil na aquisição da marcha em lactentes com desenvolvimento normal, defendida em abril deste ano.
A coleta de dados teve início no primeiro semestre de 2008, quando os convites que solicitavam a participação de bebês na pesquisa começaram a ser encaminhados aos pais. Foram chamadas 40 crianças, que se dividiram em dois grupos: metade usava o andador e a outra não usava. Trinta e duas colaboraram até o final, 16 em cada grupo. “Nenhuma das famílias foi incentivada a adotar ou não o andador. Essa decisão foi tomada pelos pais antes do nosso convite”, ressalta Paula.
Resultados
Os resultados dos testes mostram que não houve diferenças significativas no processo de aquisição da marcha dos dois grupos. “Todos os bebês apresentaram desenvolvimento normal, aprendendo os movimentos corretamente em um tempo adequado”, afirma Paula Chagas. A orientadora do projeto, professora Marisa Mancini, do Departamento de Terapia Ocupacional da EEFFTO, explica que foram realizados três estudos para chegar a essa conclusão.
O primeiro deles avaliava a marcha da criança, principalmente os ângulos de suas articulações durante o movimento. Para essa análise, foram colocados, na região do quadril até o pé, marcadores que digitalizavam o caminhar do bebê. O segundo era um teste em rampa inclinada, que avaliava a capacidade da criança de lidar com os desafios do meio, e o terceiro, uma entrevista com os pais, investigava os motivos que os levavam a adotar ou não o andador.
Nos dois primeiros estudos, não foram observadas diferenças entre os dois grupos. “Somente as opiniões dos pais se mostraram divergentes, já que uns defendiam o andador e outros não”, revela Marisa Mancini. Para o professor Luiz Megale, do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina e um dos principais colaboradores do projeto, os resultados podem mudar a opinião dos médicos sobre os andadores. “Aquela ideia negativa sobre o andador era, na verdade, puro achismo. Com a pesquisa, poderemos fornecer informações concretas, baseadas em estudos científicos”, afirma o pediatra.
Pais e filhos
O contato com os pais ocorria por telefone toda semana, enquanto as visitas aos laboratórios de pesquisa e os testes eram realizados uma vez a cada mês, depois do início da marcha independente. Os pais que optaram pelo andador deixavam a criança usar o aparelho por aproximadamente uma hora por dia, sempre sob sua observação.


“Uma das principais restrições ao andador dizia respeito ao alto número de acidentes que ele pode provocar, mas percebemos que isso é consequência da negligência dos pais. Independentemente do uso do andador, eles devem estar sempre atentos aos filhos nessa fase de exploração e descobertas”, afirma Marisa Mancini.
Paula Chagas conta que, para os pais, os resultados da pesquisa ajudaram a eliminar uma grande dúvida. “Agora, eles se sentem mais seguros para escolher usar ou não o andador, assim como nós, profissionais, nos sentimos mais confiantes para recomendá-lo ou não”.



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Observações capilares importantes (para bebês de 2 a 3 meses)

por Ana Emília Cardoso

Alguns bebês nascem carecas, outros com uma peruca como a do Silvio Santos (caso do filho da minha manicure Luana), outros com algum cabelo que cai e lhes deixa com entradas e cabelos novos e velhos misturados. Adivinha qual o caso da minha bebê? Quem apostou na complexa mistura, acertou.

Em torno dos dois meses os bebês, além de estarem gordinhos em função do nosso leite, quase uma manteiga, cabe ressaltar, passam a apresentar umas casquinhas na cabeça. Eu chamo de carepinha, mas os médicos dizem dermatite seborréica. E aí você fica com uma vontade terrível de passar a unha, coçar um pouquinho, tirar logo tudo, na verdade. Mas, veja bem, se a gente coça, machuca o bebê. Então temos que lutar contra essa gana gigantesca.

Eu já fiz de tudo, confesso. Menos lavar com shampoo anti-caspa, como fez uma pessoa muito chegada a mim e que me garantiu que é sucesso. Tentei passar óleo Johnson's dez minutos antes do banho. Olha, o cabelo FICA um meleca, não importa o quanto você lave e enxague depois. Eu estava usando o lava-babies da Turma da Mônica nessa época. O ruim do óleo é que o que não sai no banho, sai muito fácil com a unha enquanto você amamenta. Ou seja: é horrível porque cataliza a vontade de coçar, tornando quase impossível não roçar a unha ali.

Minha pediatra sugeriu Cetrilan líquido. Ela ama Cetrilan. Sabonete, pomada, tudo. Eu usei e foi MEIO bom, porque o cabelo ficou opaco. Aí voltei a usar o shampoo cabeça-pé Johnson's, aquele cor de gelatina tuti-fruti, na cabeça. Saiu muito.

Ontem fui ao cinema com umas amigas no projeto CineMaterna (aliás, o máximo, mas assunto para OUTRO post) e ganhei um shampoo cabeça-pé da Natura (mamãe e bebê). Eu devo ser a única pessoa alérgica a produtos dessa linha no mundo, mas TESTEI em prol da bela cabeleira castanho-loiro-laranjinha da minha pequena Aurora.

Adorei. Com base nisso tudo, nessa peregrinação pelas marcas e sugestões anti-cascões pueris, descobri uma coisa: cabelo de bebê é quase igual ao de adulto, fica sem brilho, assimétrico, cola na cabeça e perde todo o charme se a gente não variar o shampoo. Será que existe algum Kérastase para babies?

Hoje acordei assim, meio Michel Teló, meio Neymar.