terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Um, dois, três e djá!


Sou uma deslumbrada com as primeiras palavras das crianças. A Aurora está com um ano e meio e já formulou até uma frase: ai, mamãe, o papapo! enquanto mostrava que os dedinhos haviam escapado de sua mini melissa de gatinho.


O Marcos e a Anita ensinaram ela a falar A, E, I, O, U. Quando chega no I pula pro Ó, sua vogal preferida. Brincamos de bola assim: nós falamos 1, 2, 3 e ela grita DJÁ!

Ontem a babá, a Beth, que a Aurora chama de Bé, encheu os olhos de lágrimas: Tchau Bebé! ela falou antes de sair para a escola. De resto rola muito au-au, todo homem é papai, mas o papai mesmo é O MEU PAPAI e grita MÃE com tanta firmeza que sempre acho que é a Anita.

Pros au-aus ela berra, fazendo voz grossa: AU, AU, bem bravinha. Abre e fecha as mãos indicando que quer pegá-los. Cumprimenta as velhinhas do prédio: OI VOVÓ e os mendigos da esquina: OI PAPAI. Preciso contar a ela que os nomes deles são Gérson e Chapolim.

A fralda é COCÔ, as aves são POPÓS (por que será?) e os mamíferos não caninos são AU AU que não é AU AU. Ela fala, meio confusa.

Suas coleguinhas não ficam pra trás: a Letícia - nossa vizinha e colega da creche - só fala em TATO, os sapatos. Outro dia, fiquei impressionada com a Sofia, da salinha: OI LOLOLA! A Heleninha, outra colega já tá decorando a chamada, fala o nome de vários da turma.

Ah, essas fofuras. Como são lindinhos e birrentinhos!

PS: Quem clicou a moça foi o Alecsander Portílio, que está trampando comigo na Ludique.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A violência doméstica


Esse é um post para quem tem filhos. Não quero assustar ninguém nem ser acusada de atentar contra o futuro da espécie humana. Relato aqui, unicamente para meus pares, o que está acontecendo embaixo das cobertas do meu lar, se é que posso chamá-lo assim.

Sempre fui a primeira a criticar quem dorme com os filhos na cama. Até na Sabrina aqui do blog eu já joguei umas pedrinhas. Mas aí, veio este inverno. Frio, ventoso, úmido, insalubre, congelante, nevoso na Serra e tudo mais. Eu, como mãe de uma fofolete de um ano e poucos, obviamente fiz e sigo fazendo (hoje tá frio pra diacho, como dizia minha vó) tudo que está ao meu alcance para evitar que a Aurora fique doente, falte aula ou tome antibiótico diariamente.

Umas de minhas técnicas (que incluem banho dia sim, o outro talvez) é fazê-la dormir na minha cama. No começo eu a enrolava num cobertor, envolvia num edredonzinho e a colocava no seu berço. Com o tempo, dois fenônemos concomitantes se configuraram na intimidade dos meus aposentos: 1) eu não acordava mais para levá-la ao seu berço e 2) quando eu a transportava, ela despertava durante ou depois, repetidas vezes.

Aí, povo do meu Rio Grande amado, eu larguei de mão. O resultado disso é trágico. Não raro tomamos chutes, cabeçadas e até socos em variadas partes do corpo. Na semana passada, eu tava sonhando com uma praia no Caribe, tomando uma pina colada quando acordo com um clarão na lateral direita dos olhos. Ela, aquela rica criaturinha, tinha me dado um chute estilo goleiro que faz gol no time oposto. Pensei que tinha ficado cega, mas não foi dessa vez.

Meu marido dorme sempre sem travesseiro, pendurado pra fora da cama. Eu, seguidas vezes, faço uma fortaleza de travesseiro para ela não cair e vou dormir no sofá. O mais engraçado sobre crianças que invadem nossa cama é que quando elas dormem, a gente adoraria sair de mansinho, apertar um botão e grades automáticas subirem até o teto. Não, eu não estou delirando, estou apenas precisando de boas noites de sono. Ou de margaritas no Caribe, tanto faz.

terça-feira, 30 de julho de 2013

aurora gênia


nunca vi uma criança tão inteligente e hábil. quando a boneca preferida se cala, ela pega um brinquedo barulhento, vira e aponta pra caixa de pilhas.

sobe sozinha no sofá, escala as laterais e surfa no encosto. na escola, foge da sala, senta na biblioteca e aponta para seu livro preferido: os animais da floresta. o livro é maior do que ela e tem pedaços com texturas, de pelúcia e veludo.

faz carinho na mana, degustação de chupetas e fala não - balançando a cabeça - o tempo todo, pra quase tudo. pra comida, é sempre sim, boquinha aberta.

falou em banho, sai tirando a roupa. está na fase da formiguinha carregadeira. pega uma caixinha de obs e deixa um em cada cômodo. faz o mesmo com os sachês de sabão da máquina de lavar louça.

quando desce pra brincar está sempre carregada de coisas. nas costas, uma mochilinha de plástico com panelinhas e nas mãos, sua jabulanizinha, bola com a qual a pequena tem grande intimidade. na quadra, adora jogar com os guris de dez anos. às vezes, lembra-se que é apenas uma bebezinha e dá a mão pra um deles.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A cura da asma

por Ana Emília Cardoso

Levanta a mão quem tá com o filho em casa, sem poder ir pra escolinha. É por essa e todas as outras coisas que eu odeio o inverno.

A Aurora é a cara do pai, mas o pulmão é meu. Tadinha, tá sofrendo de asma, com chiados e tosses infinitas. Tenho dado bombinha e o tal Prelone, a sensação dos pediatras em 2013.

Sempre fui contra criança na cama dos pais e agora to aí, dormindo colada nela pra ajudá-la a respirar com meus providenciais tapinhas nas costas a cada acesso de tosse.

Fazia uns dois meses que ela estava bem, sem nariz melequento ou tosse de catarro. Mas, algo deu errado e eu não sei exatamente o quê. Talvez tenham sido os novos banhos, bem mais demorados ou os passeios de bicicleta mesmo quando está frio.

Da última vez que minha bolinha ficou mal eu já tava quase apelando pra reiki, cromoterapia, florais e tratamento espírita.

Agora, mas precavida, estou com três simpatias na mão, prontinhas para serem postas em prática, caso a halopatia não me resolva a contento. Direto da Ilha da Pintada:

- Unhas cruzadas: emparelhe a criança enferma numa parede de madeira e faça um talho na altura da criança. Corte as unhas da mão direita, do pé esquerdo, da mão esquerda e finalmente o pé direito. Ou melhor, comece pelo pé direito para dar sorte e inverta toda a sequência. O importante é cortar em diagonal. Junte as 20 unhinhas (quem tem filho sabe o quanto isso é difícil, eu sempre perco) e enfie-as no talho da parede. Assim que a criança crescer e ficar mais alta que o local marcado, nunca mais terá asma.

- Cuspir na boca do peixe: pesque um peixe qualquer, peça pra criança cuspir na boca dele e devolva-o pra água. A Aurora ainda não tem coordenação para essa ;(

- Cabelo, cabeleira, descabelado: essa é fácil. Você faz a promessa, se a criança melhora, pronto: é só deixar o cabelo crescer - sem cortar nem a pontinha - até os sete anos. Eu adoro cortar cabelo de criança, então, pra mim, essa não serve.

Se dão certo eu não sei, mas que muita gente se criou com estes métodos, isso sou testemunha. Bom mesmo é ir morar no nordeste. Mas, enquanto isso não é possível, eu me viro com o que dá, tentando achar alguma graça num dia terrível como hoje.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

O sutien infantil


Talvez ela precise do seu sutiãzinho daqui uns 3 ou 4 anos. Acho difícil. A constituição da moça é vara-pau. Se sair à mãe, só precisará lançar mão deste tipo de roupa de baixo depois dos 15 anos. Anita tem 8, recém-completos, mas ganhou um porta-seios de uma amiga da família e ficou eufórica.

Minha sogra vibrou com o presente. "Teta caída nunca mais", bradou. Isso virou um meme aqui em casa. Brincadeiras à parte, a empolgação da Anita com a pequena peça de vestuário durou bem uma semana. Aí, botou pra lavar e esqueceu.

Ontem, no entanto, ao separar a roupa pra vestir depois do banho, ela apanhou-o. "Nem sei porque eu uso este sutien".  Eu ri. "Anita, tu usá-lo já é engraçado, mas tu falar sutien é mais ainda!".

Ela respondeu que acredita que os mais velhos têm mais sabedoria e como a vovó Isa fala sutien, ao invés de sutiã, esse deve ser o jeito realmente correto de se falar. Ok, teta caída nunca mais. Não vou discutir.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O conselho tutelar dos pais


Outro dia juro que ouvi isso, lá pelas 19h30, aquele horário crítico pra quem tem filho e trabalha:
- Vou chamar o conselho tutelar.
- Ah tá, por quê?
- Maus tratos. Vocês não respeitam meus sentimentos. Todo dia tem que tomar banho e fazer o tema.
- Me poupe, Anita! O Conselho vai nos dar os parabéns porque é exatamente isso que os pais têm que fazer.


Nessas horas fico querendo EU chamar um conselho tutelar que dê um bom puxão de orelhas nessas crianças que não querem obedecer.

A Anita tá parecendo a mãe de uma amiga minha. Aos 70 anos, vai à ginástica mais pra fazer piada do que outra coisa. Adora ameaçar o professor citando o Estatuto do Idoso.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Tosse, passinhos, viagem e galinha pintadinha

por Ana Emília Cardoso

Vamos por tópicos: tosse. Tudo começou há um mês. Ela tossia de madrugada, uma tosse seca, longa e espaçada. To virando especialista em descrever tosse. Eu achava que era frio, enfiava-lhe um vestido por cima do body e ela seguia dormindo. De uns tempos pra cá, a tosse não parou mais com a operação vestido. Levei na pediatra e incluí o Allegra e o Busonid na rotina halopática do dia.

Na quarta-feira feriado ela tossiu o dia todo. Minha cabeça já pensa em tudo: será que não engoliu uma moeda e tá entalada em algum lugar? Na cabeça da plantonista do Hospital Moinhos de Vento também passa coisa: olha, pode ser coqueluche. Se for, ela vai tossir 3 meses seguidos, não adianta dar remédio.

A tosse tá encorpada, com um buquê de catarro, isso sim. E a bichinha tira a chupeta, quase põe os bofes pra fora, e - ao final- põe a chups na boca de novo. Figura.

Ontem ela tava ruim. Seguia toda trancada, agora com febre e choro constante. Tive que buscá-la na escola. A pediatra me receitou Aerolin. Ah, as bombinhas! Bombinha é vida. Bem me lembro, eu pequena, morrendo de falta de ar, minha mãe pegava uma bombinha que ficava escondida no armário do banheiro dos meus pais da casa da chácara e bastava um jato pra eu me sentir viva de novo.

Claro que com a Aurora não é bem assim: tem o espaçador (uma máscara) com quem ela briga de faca e a ingratidão. Ao contrário de mim que daria o mundo pra minha mãe por me devolver o ar da graça, ela fica furiosa. To bem aliviada agora. Filho doente é como uma bolha no sapato, que a gente não consegue esquecer nenhum segundo.

Assunto 2: passinhos. Ela tá andando. Começou com dois ou três passos, só caminhava quando dava na cachola e apenas na direção de pessoas que gostava. Agora não. Eu, como sou exibida das habilidades das minha filhas, na semana passada, já fui até o salão com ela de mãozinha. Coisa mais fofa do mundo.

Pauta 3: viagem. Fomos pra Curitiba visitar minha família no último finde. Tudo correu tranqüilo. Família e amigos impressionados com a calma e a fofura da Aurora e com a beleza e a perspicácia da Anita, mas, a parte área foi complexa. Segurar a Aurora no Salgado Filho lotado na sexta à noite foi o equivalente a correr meia maratona ao meio dia, no verão gaúcho. Mantê-la sentada no avião de volta foi como subir de escadas um arranha-céu daqueles de Puerto Madero. Com ela no colo.

E, finalmente, nossa amiga Pó pó pó pó pó pó: a galinha pintadinha! Minha filhas herdaram do pai uma tendência ao vício em coisas eletrônicas, só pode. Ela não gosta da galinha, ela ama, com todo esplendor do seu coraçãozinho. Mais do que o Marcos venerou na vida qualquer Angry Birds ou a Anita perdeu horas que poderia estar brincando no Plants X Zombies. Tadinha, seria capaz de passar o dia todo assistindo. Fica de joelhos, batendo palminha e cantando junto: a, u, éééé

Hoje, mal acordou, foi pra sala. Um dedo na tv, tentando ligar e o outro segurando o dvdzinho. Eu é que não vou reclamar, assim, consigo tomar banho, comer e responder emails! Outra coisa boa desta paixão é que eu já sei o que dar pra ela de aníver. To até imaginando a alegria da minha batatinha fofa com uma galinha  bem grande de pelúcia, que toque musiquinhas.



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Roupa suja de comida

Estou exatamente nessa fase sujinha da maternidade. Você tá dando comida, a criança reclama, quer colo. Te faz de guardanapo e você vive com restos de comida seca; tantos que vão se acumulando na roupa de forma que máquina alguma é capaz de remover.

Ela tem 10 meses, caminha - até 5 ou 6 passos - quando dá na telha, tem tossido consideravelmente e me morde com seus dois dentinhos sempre que tem uma oportunidade.

Não sei por que cargas d'água o berço da Aurora fica no meu quarto. Quer dizer, até sei. Porque eu não quis desmontar um closet para fazer seu quartinho. Meu closet, não. Como ela tem sono leve, acorda com qualquer barulho, temos dormido em posição de estátua. Eu que era de me mexer até achar um aconchego, hoje adormeço até sentada. Quando isso acontece, vou escorregando bem devagarinho e deito sem emitir um decibel.

Essas primeiras noites de frio têm sido terríveis. Ela tá bem resfriada, tosse e chora muito. Fica irritadíssima quando boto Salselp no seu nariz. Acredito que o descongestionante seja ruim, mas a respiração melhora tanto depois. E rola até um soninho, quer dizer, uma cochilada.

Parte da culpa pelo resfriado da Aurora é minha, que inventei de levá-la passear de no domingo ventoso. Por outro lado, todas as crianças estão resfriadas o que me deixa resignada. Inverno é isso mesmo: meleca.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Coelho Malvado!!

Depois de fracassar no Natal, resolvi que a tarefa de levar os bicos da Betina seria do Coelho da Páscoa. Pobres personagens do universo infantil, ficam com fama de malvados para aliviar a consciência das mães desesperadas. A rotina de chupar o bico não existia, era exceção olhar para a Betina e ela estar sem bico. Já não fazia mais cerimônia, era em shopping, em festinhas, sempre dependente do bico e eu sentia que cada dia aumentava mais a dependência.

Durante a semana fui preparando seu espírito e avisando que no domingo, quando ela acordasse e encontrasse muitos chocolates deixado pelo coelho, ele teria levado seus bicos. Ela concordava e até demonstrava certa animação pela troca. E assim foi. Ao acordarmos no domingo, havia muitos rastros da presença do coelhinho em casa, cenouras roídas, palhas espalhadas, muitos ovos e ninhos pelo caminho e NENHUM bico para contar história. Na bagunça de caçar os ovos e ninhos, ela nem perguntou pelo bico, quis comer chocolate ainda de cara amassada da cama...deixei e ela se esparramou no sofá.....de repente veio a pergunta já com voz de choro: mas mãe, e o meu bico??? olhei em volta, sugestionando a resposta e ela disparou: não quero mais isso, pode levar, quero meu bico!
Disse que agora não teria volta e começou a manha, o choro sem lágrimas, a irritação. Distraía ela com outros assuntos, funcionava um pouco e depois começava o assunto novamente. Até brincadeiras de faz de conta que dedo é bico ela inventou. Me cortava o coração os olhinhos brilhantes e a voz manhosa pedir "meu biquinho mamãe". Confesso que quase cedi no meio da tarde quando bateu o sono e ela chorou de escorrer lágrimas. Peguei ela no colo, nanei e ela dormiu chupando os lábios e fazendo o movimento do bico. Tive que ser forte, pois pelo meu marido e pelos meus pais que passaram a tarde acompanhando, a torcida era pra que eu devolvesse o bico pra ela.

Veio a noite e ela voltou a pedir na hora de dormir. Peguei novamente no colo, abracei, expliquei que a vontade já iria passar e novamente ela adormeceu sem maiores dramas. Dormiu a noite inteira e ao acordar hoje nem tocou mais no assunto. Está na escola durante a tarde, tomara que hoje a noite ela não peça mais. Me sinto aliviada de ter vencido outra etapa, estou muito feliz pelo comportamento dela, esperava que fosse muito mais difícil, que ela choraria magoada, ainda bem que isso não aconteceu.

O bico é um objeto importante na vida das crianças, não podemos ignorar os sentimentos delas em relação ao objeto para que a retirada dele não cause traumas que marcam uma vida toda.
A minha angústia como mãe era ver a minha filha irritada e nervosa por algo que eu estava provocando. Eu imaginava a situação de lhe devolver o bico e assistir seus olhinhos brilharem, ver o ar de tristeza substituído por felicidade. Me culpava por ter o "poder" de acabar com sua tristeza e não o fazer. Mesmo sabendo óbvio que estou fazendo o que é melhor pra ela, mas o sentimento de mãe é esse, de não querer que o filho sofra em hipótese alguma.

Enfim, passamos por mais essa juntas, com muito amor, paciência e vamos indo uma fase de cada vez. Abaixo deixo um trecho de um texto de um grande psicanalista para que possamos refletir sobre as etapas da vida dos nossos pequenos.



"O objeto transicional(bicos, fronhas, etc...) decorre da projeção, do que o bebê introjetou da mãe. É controle de manipulação e sobretudo posse, com direitos sobre ele. Representa simbolicamente o seio, permitindo relação afetuosa com o objeto, às vezes amado e às vezes odiado, suportando e sobrevivendo à mutilação.
O objeto transicional oferece a oportunidade de experimentar o NÃO EU, bem como a distinção entre fantasia e realidade. A criança desenvolve imaginações e criações." (Donald Winnicott -1951)

Adeus bico!


É com muita alegria e satisfação que venho comunicar que a Maria Eduarda está livre do bico!!! Mas não pensem que foi fácil. Foi muuuito fácil!!!

Tá bom que ela teve duas crises de total desespero pedindo pelo bico, a primeira eu já contei aqui no blog, crise essa superada com uma chupada de bico do mano.

No outro dia quando ela acordou, apareceu na sala chupando o bico do João, imediatamente lembrei que ela tinha parado de chupar bico. Ela ficou um pouco envergonhada e tirou o bico da boca, acho que foi um deslize mesmo, afinal ela tinha parado de chupar bico um dia antes e, à noite, na hora de dormir, cedi aos seus apelos e fraquejei.

Às onze horas da manhã de sábado ela teve mais uma crise. Pediu, implorou pelo bico do irmão, se jogou no chão, esperneou, chegou a jurar o coelhinho de morte, disse que odiava a cesta de chocolate que ele deixou, foi até engraçado ouvir ela dizer isso, mas confesso que achei que teria que me dirigir até a farmácia mais próxima e comprar um bico novo.

Mas, passado mais ou menos quinze minutos de chororô, ela começou a ficar mais calma, me abraçou e pediu colo. Na hora, dei um super abraço, colinho, conversei, elogiei, disse que entendia o que ela estava passando, mas que ela já estava grande o bastante e que o bico era coisa do passado. Foi como mágica, depois dessa segunda crise nunca mais reclamou por seu bico. Eu e o Alexandre estávamos esperando por mais alguns dramas e nada!

O único problema é que ela tem dormido super tarde, em torno de uma hora da manhã, com o bico ela se acalmava e dormia fácil. Tem falado bem mais, o bico é um verdadeiro ´´cala a boca``, e comido melhor também.

Com esse texto quero incentivar outras mães que estão passando pelo mesmo dilema, não desananimem com uma, duas ou três crises, posso garantir que não passará da terceira e eles se verão livres, felizes e sem traumas.

Ontem quando voltamos da praia, tentei dar o bico bem de cantinho para o João, quando ambos estavam sentadinhos em suas cadeirinhas no carro, mesmo com minha discrição ela percebeu e nem deu bola. Curtiu toda a viagem de volta demonstrando toda a sua personalidade de menina moça. Quanto orgulho senti da minha mocinha! 

sexta-feira, 29 de março de 2013

A entrega do bico para o coelhinho

Há dias havia combinado com a Maria que na páscoa ela entregaria o bico para o coelhinho, em troca de uma cesta recheada de ovos.
Tudo certo, ela estava super animada. Como estamos na praia, decidi que hoje (sexta-feira santa) seria a páscoa, até para não ter que fazer essa troca só no domingo, preferi que estivéssemos todos juntos nesses dias de tensão sem bico.
Tudo armado para não levantar dúvidas quanto a existência do coelhinho, fui até o carro busquei as cestas e deixei do lado de fora da porta. Confisquei o bico e disse pra ela que iríamos deixar na porta para que o coelho fizesse a troca. Ela me entregou sem pestanejar.
Logo em seguida bate o coelhinho na porta. Correria para abrir a porta e encontrar a cesta. O bico já não estava mais lá. Ela em nenhum momento demonstrou tristeza.
Passou o dia sem pedir o bico, mesmo vendo o mano chupar de vez em quando. Foi uma vitória não ter colocado o bico na boca e nem ter pedido. Até então, sábados, domingos e feriados eram dias de bico liberado, desde quando o João nasceu deixei de lado aquela regra básica de chupar bico só para dormir. Deixei ela à vontade, com isso ela se tornou um biqueira de fim de semana.
Só que a noite chegou e senti ela nervosa, até que começou com uma crise de manha sem motivo, não demorou pra ela chorar e começar a pedir pelo bico.
Chorou que soluçava, falando que estava triste porque tinha saudade do biquinho dela, que tinha entregado o bico porque queria muito comer os chocolates, mas que queria o bico de volta.
Eu do lado da cama a consolando com palavras de incentivo. Mas estava morrendo de pena de ver ela toda encolhidinha pedindo pelo parceiro de tantos anos, ou melhor, parceiro de todos os anos de sua vida. Ela se conhece chupando bico, eu também. Parece bobagem mas não é fácil tomar essa decisão. É tão inocente o hábito dela, eu sei o quanto ela gostava de estar com aquele bico na boca.
Só sei que ela choramingou até que perguntei "quer o bico do João um pouquinho?"
Os olhinhos dela brilharam, ela só balançou a cabeça com um olhar confidencial pra mim. Passei uma água no bico azul do mano e ela me agradeceu com um sorriso.
Eu sei que fiz a coisa mais errada, não deveria ter fraquejado, devia ter ouvido a razão, mas meu coração falou mais alto.
Também sei que está perto de acabar, que ela não terá mais um bico dela, só o fato do bico que ela usou ter sido o do irmão, que é bebê, já vai fazer ela largar de vez, acredito eu.
Amanhã não vou tocar no assunto com ela, muito menos lembrar que ela pegou o bico do mano emprestado para dormir. Acho que ela vai se sair bem dessa. Teve uma crise de abstinência passageira na hora de dormir, mas esperada. O que eu não esperava foi a minha atitude, eu que estava tão decidida, acabei cedendo à olhinhos lacrimejados e voz miudinha clamando pelo bico. Tudo bem, não sou a primeira mãe que erra por amor, nem serei a última. O fato é que os dias estão contados e acho que até domingo terei ótimas notícias para dar.

segunda-feira, 18 de março de 2013

As verdades sobre a maternidade

O que nunca vamos ler em capas de revista destinadas a gestantes e mães, é que ser mãe dói, dói fundo na alma. Nunca vamos ler que aquela foto onde o bebê mama com aquele ar sereno com suas bochechas rosadas e fofas e a mãe encontra-se linda, com um sorriso angelical e super bem penteada óbvio é pura fantasia sobre a realidade materna, pra não dizer em bom português que é a maior enganação.
Primeiro que é muito sortuda a mãe que já sai do hospital amamentando, cheia de leite, o bebê mamando como um terneirinho, aderindo bem a pegada da mama. A mama não dói, não racha, não incha....o leite não empedra, não é demais nem de menos, é na quantidade certa...tudo azul, ou cor-de-rosa, depende do caso.
As mulheres "normais" padecem no paraíso mesmo, o leite não desce, quando desce, desce demais...empedra. Quando isso acontece, o bebê que era faminto, de repente para de mamar. Você acorda ele, implora e ele ali, naquele sono de rei e nada. Como uma louca, você corre para o telefone e pede uma tele daquelas bombinhas de leite pra ajudar na ordenha.....ledo engano, isso só aumentará sua produção de leite, sem dizer que dói pra caramba essa engenhoca medonha.

É minhas amigas, e o sono?? ahhh o sono é tipo psicopata de filme de serial killer: PICADINHO. Qual mãe já não pensou: meu closet por uma noite inteira de sono!!O sono é tanto que nem de escovar os dentes você lembra mais, cabelo então....que cabelo?? se pentear já é lucro, ir no salão, afff pra quê??
Sem falar que o sono, opsss a falta dele faz qualquer ser humano pirar. A paciência vai a limite zero, pobre do marido ou de quem for mais próximo a essa mãe. Nem fome a gente sente, tamanho mau humor. Falando em falta de sono, má alimentação, mau humor.....adivinha o que tudo isso atinge?? o leite! Com isso voltamos lá para o problema da mamada....viram???? é um círculo vicioso, uma coisa puxa a outra.

Eu não quero dizer que TUDO isso não valha a pena, ÓBVIO que vale, ser mãe é algo inexplicável, um sentimento de amor maior que tudo nesse mundo, mas precisava desabafar sobre a realidade. Estou cansada de abrir revistas e matérias sobre a "magia da maternidade" que é puro conto de fadas, é balela pra emocionar futuras mães, pais, avós....Por isso algumas mulheres se sintam tão despreparadas quando tem que realmente colocar a mão na massa e lidar com todas essas situações, porque a teoria e a prática são totalmente avessas.

Não quero tirar o brilho desse momento, o encantamento das matérias sobre a maternidade, mas vamos dismistificar algumas coisas. Vamos dizer que amamentar é lindo sim, importante, óbvio, mas que nem sempre dá certo.....que dói, que incomoda muitas mães, que pedir ajuda cedo, logo que tiver dificuldade é a melhor coisa a fazer. Vamos falar no assunto, que o leite impedra sim, que dói demais quando isso acontece sim, que existem profissionais que vão até as casas e "ensinam" o bebê e a mãe a se conhecerem, a escolherem a melhor posição na hora da amamentação.
E também vamos dizer que se tudo que foi tentado não der certo ok, você continua sendo ótima mãe, que o bebê vai criar vínculo com você sim e que ser mãe é isso, que você passou a ser mãe mas não deixou de ser GENTE.

domingo, 17 de março de 2013

Segundos de desespero


Domingo cinzento, crianças felizes brincando pela casa, pais relaxados, tudo estava muito calmo. Fui tirar o pijama no meu quarto, já que passava das onze horas da manhã. Maria comigo vendo desenho e o marido na sala vendo televisão.

Enquanto me arrumava, escutei algumas vezes a ´´conversa`` do João meio distante, até achei que o Alexandre tivesse abrido a porta de casa e o João estivesse na casa da minha mãe. Casas estas separadas apenas por um corredor.
 
Continuei me arrumando e ouvindo a voz do meu gurizinho, parecia que estava feliz, conheço quando ele está feliz só pelo o que ele balbucia.

Já vestida para ficar jogada o domingo todo no sofá, chego na sala e pergunto ´´cadê o João?``. E a resposta que eu não queria ouvir ´´Ué, achei que ele estivesse contigo!``

Nesse instante, pai e mãe se olham com olhos esbugalhados ´´Joãoooooo???`` Saímos caçando o João pelo apartamento, que não é pequeno.

Foram 3 segundos que pareciam uma eternidade, eu e o Alexandre chamamos por ele umas 4 vezes. Enquanto ele ouvia nossa voz desesperada,  ele respondia com gritinhos e resmungos.

Corri imediatamente para a cozinha já invadindo a área de serviço, cheguei a pensar que ele estivesse até dentro da máquina de secar, porque a voz estava abafada, distante, mas não o encontrei.

Enquanto isso o Alexandre já tinha entrado para os quartos à sua procura, foi quando ele abriu a porta de um dos banheiros (num total de quatro que temos aqui em casa) e encontrou o João sentado ao lado da ducha higiênica, com ela aberta jorrando água e o banheiro todo inundado.

Nossa, que susto levamos, o guri podia ter se afogado, crianças pequenas se afogam com pouca água. Ele estava todo molhado, a ducha fez um chuveirinho e mandava água para cima. Fiquei trêmula, ele ao lado do vaso sanitário, outra coisa extremamente perigosa para a curiosidade deles.

Aqui em casa existe uma regra que é deixar as portas dos banheiros, cozinha e área de serviço sempre fechadas, para a segurança do João. A mana é um das que cumpre rigorosamente essa regra. Mas hoje, depois de escovar seus dentinhos, provavelmente tenha esquecido a porta aberta e o João aproveitou e se esbaldou.  

Acho que são nessas horas de total relaxamento dos pais é que acontecem mais acidentes, um momento em que os pais estão tão confiantes que tudo está sob seu controle que relaxam a ponto de se tornar negligentes, mesmo sendo tão cuidadosos com seus filhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Emoção e Fé

Não sei quanto a maioria, mas eu sinto uma emoção que vem não sei de onde e nem por quê de assistir reportagens sobre a escolha do novo Papa. Sou católica de batismo, não venho de uma família católica apostólica romana, só frequento igreja em batizados e casamentos, mas algo me toca nas imagens do Vaticano e aqueles cardeais velhinhos em suas orações.

Ontem assistindo uma chamadas sobre a fumaça preta que simbolizava a não escolha ainda, comentei com a Betina: ora, que pena, não foi escolhido o Papa ainda. Ela responde: quem?? Tento explicar que ele é um símbolo religioso, que Papai do Céu deve estar aguardando ansioso pela nova escolha..... e ela: Papai do Céu?? Onde mãe?? Quem é ele?? Fiz uma pausa, fiquei olhando pra ela e desconversei, mas o assunto ficou remoendo na minha cabeça, fiz mil questionamentos sobre os valores que estava passando pra ela....me chateei de não saber explicar.

Engraçado que quando comecei a procurar escola pra Betina, essa era uma das coisas que eu não queria: que puxassem, que quase obrigassem a ter fé em alguma religião. Eu sempre detestei aula de cultura religiosa e não queria que ela optasse por uma religião por obrigação. Mas ao mesmo tempo, vejo agora que para ela ter opção, ela tem que ter contato, e isso ela não tem. Nunca rezei com ela antes de dormir, nunca lhe dei uma santinha, nunca lhe apresentei uma obra religiosa para notar sua reação. Embora como já tenha dito, minha família não seja católica fervorosa, meu pai é um homem de muita fé. Sempre foi. Ele tem uma imagem linda de Nossa Senhora há anos. Ele reza e acende velas aos pés dela, não diariamente, mas o faz. Também lembro do meu avô (pai de meu pai) de todos os dias as 18h se recolher ao quarto para rezar. Lá ele ficava uns 15 ou 20 minutos envolvido nas suas orações. Acho essas manifestações lindas, espontâneas e principalmente, carregadas de fé.
Meus pais tiveram no Vaticano ano passado e relatam que é uma emoção indescritível, não só pela riqueza de detalhes e monumentos estonteantes, mas pela atmosfera de fé que paira no ar.

O meu questionamento de forma alguma gira em questões de frequentar missas ou cultos com ela...não, isso nem eu mesma iria. Não me sinto bem, a minha fé não depende do lugar. Mas sim começar a rezar com ela, dizer que Papai do Céu cuida de todos nós, que nos conforta nos momentos difíceis e se alegra com nossas conquistas. É assim que eu acredito, é assim que gostaria que ela entendesse, que não estamos sozinhos, que existe algo superior, seja em símbolos, em energia, em espírito.....
Como tudo que fazemos ou optamos, seja um lazer, um esporte, um curso, em tudo buscamos satisfação, procuramos com isso nos tornarmos mais felizes e acredito que trabalhar esse lado espiritual também seja fundamental na nossa vida.

Pois é, mais um degrau, mais um questionamento, mais uma descoberta na luta diária de educar e conduzir os filhos. E porque não dizer mais uma dúvida em saber qual caminho trilhar!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Escolinha x Viroses


 A volta às aulas é sempre tema para muito assunto, mamães empolgadas, filhos felizes, rever  antigos amigos, fazer novos, mochilinhas da moda, etc.

Mas o assunto que eu gostaria de comentar são as viroses e a escola. Antes mesmo de o João nascer, eu já sabia que ao completar 1 ano, ele já estaria apto a frequentar a escola. Foi assim com a Maria e está sendo assim com o João. Dia 3 de março ele comemorou seu primeiro aniversário e, dia 5 eu comemorei sua ida à escola. A comemoração de minha parte ainda não foi completa porque ele ainda não ficou um turno todo sozinho, nos dois primeiros dias eu fiquei do lado de fora da sala de aula, vigiando, babando, fotografando e auxiliando caso ele tivesse alguma crise de choro.

No primeiro dia, ele chorou assim q entrou por uns 10 minutos. Passado esse primeiro baque, ele se soltou e deu seus passinhos pela sala, conferindo todas as novidades. Entrou às 13hs e saímos às 14:30hs. Foi bem rápido, pois ele não tinha tirado seu soninho depois do almoço, fomos pra casa e ele dormiu um longo sono depois de um banho quentinho.

Já no segundo dia não chorou ao entrar, mas deu umas resmungadas logo depois. Eu, curiosa e empolgada com a presença da Maria ao lado da sala dele, pois um dos pátios que ela brinca fica totalmente na visão do mano. A cada pulo que ela dava no pula-pula, gritava ´´Jojolino``, ´´João``, ´´Jojô``, ´´Jozinho`` e assim por diante, até que conversamos com ela pedindo para que ela não o chamasse porque ele estava em fase de adaptação. Também tive que me controlar e deixar de espiá-lo pelo vidro, pois cada vez q ele me enxergava queria voar para os meus braços. Nesse dia ficamos até às 15hs.

 No terceiro dia, resolvi deixa-lo na escola para ver como ele se portava. Como moro a poucas quadras, qualquer coisa elas me chamariam. Mas isso não seria necessário, assim que pisei dentro de casa me plantei em frente ao computador e fiquei observando ele pelas câmeras (escola com câmeras é tudo de bom, principalmente nos primeiros dias em que gostaríamos de ser mosquinhas para saber o que se passa enquanto estamos longe).

Pude ver que minha presença só estava atrapalhando, sem mim ao lado, ele trotiou o tempo todo pela sala, em nenhum momento se mostrou indisposto ou triste. Pude vê-lo fazer seu lanchinho, todos sentadinhos comportados e, principalmente, bem cuidados. Quando foi 15:10hs, vi que ele começou a esfregar os olhinhos e foi para o colo da professora. Imediatamente peguei meu carro e fui buscar meu gordinho para ele tirar sua soneca, que essa semana foi prejudicada, por causa da adaptação. Até que ele esteja bem adaptado prefiro busca-lo para tirar seu soninho em casa.
 
Mas o assunto eram as viroses. Pois bem, quando chegamos das férias, num domingo, a Maria entrou em casa e começou numa espirradeira sem parar, a casa esteve praticamente fechada durante dois meses. Da crise alérgica, para nariz entupido, coriza e tosse foi um passo. Mesmo pesteada ela queria muito ir pra escola, como não tinha febre, foi.  Dois dias depois, Joãozinho já estava com tosse e coriza. E o pobrezinho ainda nem tinha pisado na escola! Ainda bem, porque eu já ia ficar de cara comigo mesma; porque tinha que levar o guri tão cedo. Uma semana depois a Maria já estava com febre, ainda me arrumando para leva-la numa emergência, já que era fim de semana e a pediatra deles se encontrava de licença maternidade, o João teve uma crise louca de tosse que chegou a vomitar em cima do pai dele de tanto que tossiu. Bom, melhor assim, já levamos os dois para a emergência. E o Joãozinho nem tinha pisado na escolinha ainda!!!
 
Saímos da emergência como entramos, sem nenhuma receitinha de antibiótico. Odeio isso! Um antibiótico sempre ajuda, parece que é a salvação dos problemas, mas nem sempre o são. Pulmões limpinhos, nada de receitinha mamãe!

João passou seu aniversário com tosse, nada podia ser feito além do Predsim. Alguns dias depois e a Maria piorou, tinha catarros verdes que não paravam de sair e dores de cabeça, era sinusite certo! Agora sim, tive a certeza que sairia do Pronto Kids com uma receitinha na mão. E saí! Amoxil BD nas mãos e a certeza da cura. Enquanto Maria segue finalizando seu tratamento com antibiótico e com a saúde já recuperada, João ontem começou com febre. Ééééééééé, acha que é fácil ser mãe????

Mas agora sim, ele já tinha frequentado a escolinha durante a semana, mas se não tivesse ido, certamente estaria na mesma situação. Sabe aquele ditado que fala ´´Se Maomé não vai a montanha, a montanha vai até Maomé`` Pois quando se tem dois filhos e um deles frequenta a escola, é isso mesmo que acontece, o irmão mais velho traz o vírus pra dentro de casa. Nesse caso, prefiro que Maomé vá até a montanha.

Uma coisa é certa, não deixaria de levar o João para a escola por causa de viroses, a não ser que seja uma coisa mais séria, do tipo estar sempre doente, aí eu concordo que devemos repensar a escolinha, mas sou totalmente a favor, acho que o ambiente da escola proporciona tantas coisas boas pra eles, interação com outras crianças, disciplina, aprendizados diferentes que eles não teriam se tivesses em casa em frente à TV com uma babá ou com a própria mãe, cansada e exausta de tanto cuidar dos filhos. Acho tão bom ficar distante algumas horinhas do dia, e busca-los cheios de histórias pra contar, receber aquele abraço carinhoso e aquele sorriso na porta da sala de aula.

Fora que esse ano eu quero cuidar de mim, quero tardes inteiras de estudos, pois almejo passar em um concurso público. Não, não sou folgada, não quero me encostar no governo, não quero trabalhar pouco e ganhar bastante, é que eu amo demais a carreira pública, meu sonho é ficar trás de uma pilha de processos, despachando, despachando....tipo casa de batuque, sabe?!

Começando o Ano

Nossa, depois de ler o post da Ana corei ao tentar lembrar quanto tempo estive longe daqui. Uma pena, porque tantas coisas legais e gostosas de compartilhar deixei de publicar. Mas tudo bem, final de ano, férias, trabalho, férias de novo, aníver da filha.....sim, Betina fez 4 anos mas pensa que tem 10!
Buenas, este ano começou diferente pra todos nós lá em casa. Euzinha aqui depois de uma cirurgia bariátrica reduzi 30kg, Betina também trocou de escola, está fazendo novas e várias atividades extra classe e o marido tenta se adaptar as mudanças das suas duas mulheres.

Mudei ela de escola por achar que a escolinha de bairro não estava dando o suporte esperado e considerado na minha opinião importante. Coloquei ela num colégio, espero que tenha acertado de primeira e que ela saia de lá formada no segundo grau. Esta é a segunda semana dela na nova escola e por enquanto, venho me surpreendendo...nada de choros, receios, desconfianças.....bem pelo contrário, já chegou chegando, de dona do campinho, mexendo nos brinquedos e interagindo com a professora e os novos coleguinhas. Lá faz aulas de inglês, artes e ginástica rítmica. Tem vários professores em razão disso, mas acredito que apesar da pouca idade já esteja organizando e assimilando na sua cabecinha como lidar com isso.

Mas falando em mudanças, temos metas para 2013...ahãmmmm, a primeira é a retirada do bico que me dói só de pensar. Mas está decidido (oi??) será em 2013 (bom, 2013 acaba dia 31.12.2013 não é mesmo hehehe) e a outra, é fazer com que ela durma no quarto dela, mais precisamente na cama dela nunca usada uma noite inteira!! Me culpo por isso, vejo ela cada vez mais "grudada" e ciumenta comigo, sei que não estou sendo boa mãe agindo dessa forma, cedendo aos apelos dela em dormir "no meinho" como ela diz.
Enfim, planos, metas, obstáculos a enfrentar. Sigo contando as novidades e prometo não me ausentar tempo demais novamente.

novidades das meninas


por ana emília cardoso

nossa, faz tempo. minha bebê cresceu, quase anda e eu nunca mais apareci aqui nem pra postar receita de papinha ou contar peripécias na escolinha. que feia, eu.

minha auroreta está com 9 meses, tem dois projetos de dentes saindo em forma de serrinhas, já tomou antibiótico e faz planos de andar na próxima mudança de lua. a anita mudou de escola e está feliz, cheia de turminhas novas, na van, no recreio, na biblioteca.

a escola nova da anita é bilíngue. ao final da primeira semana de aula, perguntei em bom português o que ela havia aprendido na aula de inglês. a danadinha me respondeu: - bonjour, je m'apelle anita, et toi? típica sacadinha da anita pra não admitir que ainda não aprendeu quase nada.

tenho lhe ajudado bastante nos temas, especialmente nos de inglês. afinal, ela está no terceiro ano e na outra escola (a mais difícil e puxada de porto alegre) não havia aprendido nada de inglês. isso que ela amava a professora e os livros custavam uns R$ 200,00. sempre me intrigou o que eles faziam em quatro paredes. imaginava a professora, toda atlética e sorridente: hello, students... guardem seus livros na classe e vamos pular, brincar e correr! só não façam muito barulho porque senão o inspetor e a direção vão saber que nós nunca nem abrimos essa porcaria de livro!

a aurora está frequentando uma sede da mesma escola que a anita estudava. antes era uma, agora são três, só aqui no bairro. baby boom total. essa sede da aurora é o luxo do gaúcho, linda demais, toda novinha, iluminada, arejada. é exatamente o oposto de um termo que eu costumo usar para definir creches, depósito de criança. lá não, tudo é muito bonito e cheio de atividades. bem mais seguro que a nossa casa.

a anita não tinha grande curiosidade pelo abastecimento elétrico de um lar, mas a aurora não pode ver uma tomada. ela arranca os espelhos das tomadas, vive mexendo em eletrodomésticos, batuca nas máquinas e brinca de polícia (ela) e ladrão (ele) com o aspirador. uma menininha de alta periculosidade, sem dúvida.

embaixo do meu prédio tem uma área de lazer enorme. eu a deixo bem à vontade, engatinhando e pegando galhinhos e pedrinhas. não saberia criá-la só no carrinho, no colo, cheia de laços e fitas. nem brinco eu botei, razão pela qual é confundida com menino todo dia. às vezes, enche o saco. outro dia um velhinho indagou: - por que ele tá todo de rosa?! quase dei uma de anita e respondi: - por que o senhor acha? essa pepsi é fanta!

o fato de eu deixá-la livre no chão faz com que ela seja mais ágil que a média (e mais suja que a maioria absoluta). nada que dois banhos por dia, com bastante sabão em mãos, pés e joelhos não resolvam parcialmente. sou fã da vitamina s, mas, quando, na semana retrasada, ela teve febre e otite, andei revendo meus métodos de criar filho.

tadinha, ficou toda amuada, bem no primeiro dia de aula da anita. eu já tava com o coração doendo de pena da anita naquela escola nova, gigante, onde ela não conhecia ninguém. aí, chego em casa e a aurora está ardendo de febre. óin óin óin.

ela melhorou rápido. dizem que o primeiro antibiótico tem efeito fulminante. é verdade. mas, sei lá, parece que aquele narizinho fungando nunca melhora. é claro que ela odeia que eu passe salsep ou rinossoro. pena que o ódio das crianças seja proporcional ao amor dos pediatras pelo soro descongestionante.

a pequena está numa fase bem hipocondríaca. nas últimas 24 horas dei a ela: adtil, camomillina, ferro, tylenol e luftal. ontem à noite ela não queria dormir de jeito nenhum. se revirava na cama, chorava muito. podia ser tanta coisa: a) saudades do pai, que está no sxsw b) otite de repetição c) dor de dente rasgando a gengiva d)dor de barriga por causa da sopa cheia de legumes, carne e feijão (ops, acho que exagerei na sustância). pois, é, vida de mãe não é muito fácil, não. mas, enfim, depois de chorar das 20 às 22, pela primeira vez na vida, ela dormiu como uma pedra, seja por cansaço ou pela medicação.

eu não pretendo fazer festa de um ano pra aurora porque acho que a criança nem compreende nada, mas respeito muito os pais que fazem. porque entendo que na verdade eles estão comemorando terem 'vencido' as dificuldades desse primeiro ano de vida, só quem tem filho sabe o que é cuidar de um febrão, limpar um mega cocozão e viver com o coração na mão.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

De cara nova


Quem me encontrava até pouco mais de uma semana tinha que disfarçar para não demonstrar surpresa com o meu estado lastimável. Eu tava o pó, magra, cansada, com olheiras no meio das bochechas. Nem a escolinha (sim, a Aurora já paga meia entrada) nem a colônia de férias em horário integral da Anita tinham me aliviado os dias.

Tentava de tudo para perder a palidez e o aspecto de anemia (quase um trocadilho com meu nome): parei de amamentar para poupar forças, tomo Materna, uso corretivo, pego sol na piscina e ingiro mais calorias que um rei momo em dieta de engorda.

Mas, por mais fofonilda que a bebê seja, ela acordava até umas 9 vezes por noite. Eu já andava num estágio de sonolência que nem distinguia mais sonho e realidade. Uma noite, porém, tive uma ideia: mesmo que ela tivesse jantado muito, fiz a pequena tomar 6 medidas de leite (NAN Confor 2) ou seja 180 ml. O resultado foi inacreditável: uma noite de sono ininterrupto.

Eu estava preparando a mamadeira com, no máximo 4 medidas, então ela acordava sempre, com fome. Mas, agora, empanturrada, dorme o sono dos gordos felizes.

Acordei outra. Há uns 10 dias voltei a sorrir pra mim mesma quando me encontro no espelho do elevador.